Queima de Capacitores

Por que somente alguns capacitores do banco queimam, sendo que todos são iguais?


Apesar de as unidades capacitivas possuírem a mesma potência e tensão e atenderem às especificações da Norma NBR IEC60831-1 e NBR IEC60831-2, possuem características elétricas (resistência elétrica, perda e isolação) e mecânicas (dimensional e dissipação térmica) com diferenças mínimas.


Além disso, dentro de um banco de capacitor, estão fisicamente instaladas em locais diferentes onde a ventilação natural ou forçada será diferente entre ambas. Desta forma, terão uma expectativa de vida diferente.


Outro fator que faz com que uma unidade capacitiva queime em momento diferente da outra é que em uma ressonância, a corrente e a tensão sobre o capacitor será extremamente elevada, causando a queima de uma ou mais unidades capacitivas. Isto fará com que a ressonância acabe, uma vez que a capacitância do sistema foi alterada e assim sendo, a corrente e a tensão sobre o capacitor voltarão aos valores normais. Não ocorrerá mais a queima de unidades capacitivas até que o sistema entre em ressonância novamente, fato este que poderá ocorrer na troca do capacitor queimado. Neste caso, é fundamental um estudo para verificar se será necessária a instalação de indutores de dissintonia (bloqueadores de harmônicas).


As unidades capacitivas de maior potência tendem a queimar com maior frequência do que as unidades capacitivas de menor potência. Isso por que as unidades capacitivas de maior potência esquentam mais do que as de menor potência, devido à sua relação potência/volume. Assim sendo, as unidade capacitivas de maior potência terão sua expectativa de vida inferior às de menor potência. Vale ressaltar que as unidades capacitivas de maior potência também atendem integralmente à norma de capacitores NBR IEC 60831-1 e NBR IEC 60831-2 e tem sua expectativa de vida superior à 100.000 horas.


Se levarmos em conta a relação potência/volume, as unidades capacitivas monofásicas são os capacitores que possuem a maior expectativa de vida.


No caso de bancos de capacitores que apresentam queima na conexão dos cabos nas unidades capacitivas monofásicas, podem ter sido montados com terminais de marcas diferentes. Se o terminal macho que já vem na célula é de uma marca e o terminal fêmea do cabo de conexão é de outra marca, não há um bom contato, sendo bem provável que a conexão fique comprometida - gerando aquecimento no terminal e possível queima do cabo.


Outro fator que faz com que o cabo queime na conexão com a unidade capacitiva monofásica é a corrente True RMS, medida no terminal da unidade capacitiva monofásica, muito acima da corrente nominal. Isto pode ser causado por tensão de rede ou distorção harmônica elevada.

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